Ser Pobre e Estar Pobre



Texto de opinião
Olívia Silva
Vice-Presidente da Direção Política Distrital do Partido Aliança



Todos os dias directa ou indirectamente se ouve falar de pobreza.
Da estrutural, da social, da económica, da cultural enfim, de pobreza.
Ela, é isso tudo e mais a indiferença de muitos, o desapego de alguns, é invisível para quase todos e, infelizmente, companheira fiel de todos. Falamos de pobreza como coisa que afecta os outros: os “analfabetos”, os “desempregados”, “os pouco preparados e certificados”. O que me surpreende. Em Portugal, a pobreza tem sido caminheira fiel do percurso da nação. Nem sempre pelos mesmos motivos, é verdade, mas companheira.
Fomos ricos e ignorantes, fomos sábios e pobres, estamos a preparar os nossos jovens com muito esforço e mesmo assim, pobres. Pergunto: Pobres de quê? De ideias? Não. De falta de trabalho? Não. De falta de escolas, de professores? Também não! Não somos pobres. Estamos pobres: de seriedade, de ambição, de afirmação, de organização, de justiça, de vontade de caminharmos no mesmo sentido.

Insurjo-me contra esta coisa bacoca do “admirável estrangeiro”, do “alemão é que é bom!” ou o francês ou o italiano ou, ou…todos menos nós! Acredito em Portugal. Acredito porque sinto verdade na minha História e no meu Hino. Lembram-se “Nação valente e imortal!...” não é nacionalismo bafiento. É aprumo. Temos condições para fazer melhor e diferente se assim o entendermos. Temo-lo feito nos quatro cantos do mundo. Verdade?

Se queremos abolir a pobreza, aquela que quer calar a fome e a ignorância pensemos em Portugal. Pensemos na Nação, no Estado, pensemos nas Pessoas. Em todas. Nos Portugueses.

Olivia Silva

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